quinta-feira, 15 de abril de 2010
IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NO OESTE DA BAHIA ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO
A região oeste do Estado da Bahia passou a ser ocupada pelo agronegócio na década de 1980, com o cultivo de soja, milho, sorgo, algodão, café, feijão, arroz, e mais recentemente, frutas. O uso de irrigação, tecnologias e insumos agrícolas em larga escala, tem elevado os níveis de degradação dos solos, bem como comprometido o sistema hidrográfico regional.
Localizada sobre a superfície cimeira do Chapadão Ocidental do São Francisco, ocupa uma superfície de 677.206 Km2 , e compreende nove municípios: Formosa do Rio Preto, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, São Desidério, Correntina, Jaborandi e Cocos. Três importantes sub-bacias, Grande ao norte, Corrente no centro e Carinhanha ao sul, realizam a drenagem do sistema hidrográfico para o rio São Francisco, localizado à leste do Chapadão.
A região foi dividida em três setores distintos: o primeiro ao norte, onde predomina o agronegócio, com fragmentos de cerrado, especialmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e Riachão das Neves; o segundo na porção central da área balizado pelos municípios de São Desidério e Correntina, onde também existe o agronegócio, porém se observam antigas propriedades abandonadas, parcialmente substituídas por criação de gado extensivo e reflorestamento; e o terceiro ao sul, único setor onde a agricultura de subsistência associada a áreas bem preservadas, foi observada. Dentre as principais causas da degradação ambiental estão o desmatamento, o super-pastoreio, as atividades agrícolas (manejo inadequado, uso do fogo, transposição de rios para fins de irrigação, etc.) e a super-exploração da vegetação. Com a ampliação do sistema agroindustrial a retirada da cobertura vegetal associada ao aumento das áreas de plantio, sobretudo de grãos detém significativa parcela no processo de degradação do ambiente.
O desmatamento retira a proteção dos solos deixando-os susceptíveis a processos que ocasionam desequilíbrios no ambiente, tais como a erosão acelerada, a redução da fauna e da flora, alteração no regime de chuvas e do micro-clima, assoreamento da rede hidrográfica, dentre outros.
Fragmento do texto de: Simony Lopes da Silva Reis(Graduanda em Geografia)UEFS, Raquel Matos Cardoso do Vale(Mestre em Geomorfologia e Geografia)UEFS, Jocimara Souza Britto Lobão(Mestre em Geomorfologia e Geografia)UEFS.
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